Responsável por um dos cinco sentidos, o olfato, o nariz traz consigo a representação de várias características da identidade de cada rosto. E além da nobre capacidade olfativa, esta estrutura em forma de pirâmide no centro do rosto participa de uma função vital para nós que é a respiração. São vários os tipos, formatos e desenhos que os narizes podem assumir, sejam eles projetados, arrebitados, achatados, negroides, em sela, giboides, retilíneos, alargados, entre outras nuances morfológicas. E cada nariz determina características genéticas herdadas ao longo das gerações.
Não existe o nariz ideal. O que deve ser levado em consideração é o formato do rosto e as proporções e características de cada indivíduo.
O nariz é testemunha de vários momentos de relevância na vida dos seres humanos. Pode expressar sinais extremamente divergentes como a angústia e a paixão, através de um suspiro, conhecido como dispneia suspirosa.
Millôr Fernandes certa vez disse: “entre o riso e a lágrima há apenas o nariz”.
Também é lembrado com frequência como ponto de referência em nossa vida cotidiana e em citações memoráveis de alguns autores.
“Ver aquilo que temos diante do nariz requer uma luta constante.”
[George Orwell]
“Eu gosto de catar o mínimo e o escondido. Onde ninguém mete o nariz, aí entra o meu, com a curiosidade estreita e aguda que descobre o encoberto.”
[Machado de Assis]
“Será que um dia não vai haver mais em toda a Terra um lugar em que um homem possa ser dono pelo menos do seu nariz, dizer o que pensa, ter uma quota razoável de liberdade? Talvez em alguma ilha deserta do pacífico…”
[Érico Veríssimo]
Abaixo das lágrimas que escorrem dos olhos e acima dos sorrisos que brotam dos lábios, o nariz é uma testemunha instantânea de nossas emoções, é citado diariamente em diversas situações práticas e de sentido figurado, detém importantes funções orgânicas e ainda tem grande relevância na composição da beleza, sendo o ponto central de nosso rosto.
Até mais.
Cláudio Cordeiro